Alto do Caxanga recebeu a sexta sessão itinerante

por tania.garabini — publicado 21/10/2019 12h05, última modificação 23/10/2019 12h24
Transporte, água, saúde e lazer são comuns em todas as reivindicações

Problemas com transporte, falta de água para atender a comunidade e principalmente áreas de lazer para jovens e adultos, além de trabalho são as principais reivindicações apresentadas pelos moradores durante as seis sessões itinerantes já realizadas pela Câmara de Vereadores de Carapebus. Em suas falas, os vereadores mostram que esses e outros pedidos já foram formulados inúmeras vezes por indicação, projetos de lei e até emendas orçamentárias, mas nada foi aplicado ou implantado pela prefeitura.

O primeiro morador a falar foi Dilson que reivindicou iluminação, limpeza na quadra e no pátio da igreja. Segundo ele essas reivindicações já foram colocadas em pedido coletivo e assinado pelos moradores locais, protocolados na prefeitura, mas sem receber atendimento por parte das secretarias. No uso de sua fala, Dilson cobrou dos vereadores que perguntem a prefeita porque até hoje não foi implantada a passagem a um real no itinerário Carapebus-Macaé.

Em respostas a essas formulações, o presidente da Câmara Anselmo Prata lembrou que quase 90% deles já foram feitas em forma de projeto, indicações, ou inseridos na lei orçamentária do município sob forma de emenda. “Todas essas emendas não somente do Caxanga, assim que todos os bairros foram inseridas como emendas no orçamento de 2019 e a prefeita vetou. E isso estava no programa de governo dela”. Na oportunidade, Anselmo Prata pediu publicamente desculpas à população por ter caminhado nos bairros e pedido para elegê-la a prefeita que acabou não cumprindo com os compromissos firmados através do plano de governo proposto que seria colocado em prática ainda no primeiro ano de governo.

Outra moradora, Jane reclamou da falta de água no bairro e que mesmo fazendo pedido tem que “ficar correndo atrás do caminhão pipa se humilhando para abastecer sua casa” ou então aos vizinhos.  Outra dificuldade que ela encontrou foi a de acessibilidade já que tem que levar seu filho de quatro meses para vacinar e não tem transporte até o centro. Sugeriu uma parceria entre as secretarias de Cultura e Educação a inserção da dança e música dentro da grade curricular, integrando outras atividades extracurriculares ao ensino municipal nas escolas.

Maicon Pimentel em sua fala relembrou que fez uma indicação em 2017 que a prefeitura construísse um poço artesiano ou uma caixa d’água de 20 mil litros para abastecer as residências no Alto do Caxanga, mas até hoje a população local continua sem o abastecimento. “Eu vejo isso como um descaso da prefeitura. O morador tem que se humilhar, correndo, buscando em secretarias, o abastecimento”.

Outra reivindicação da moradora é quanto ao valor do ônibus bem como a rota já que não atende ao bairro onde reside. Segundo ela, não há ponto de ônibus e se precisa se deslocar até Quissamã precisa ir até a Praça Cordeiro a pé. “Não tem transporte para lugar nenhum. Se precisamos de um socorro contamos apenas com os vizinhos”. Elogiou a criação da sessão itinerante. “Foi a primeira vez que fui ouvida e agradeço por isso” e questionou a presença da prefeitura nesses trabalhos itinerantes para que pudesse ouvir a reivindicação dos moradores. Pediu ainda em sua fala que a prefeitura coloque uma unidade móvel no bairro “para atender toda a população já que os agentes de saúde são insuficientes para atender tanta demanda”. Reclamou também da demora de três meses para marcação de consulta e de exames.