Câmara de Carapebus aprova auxílio financeiro para os estudantes
Foi aprovada por unanimidade a indicação de auxílio financeiro no valor de R$ 150,00 a todos os alunos da rede pública municipal de Carapebus. A indicação foi votada nesta terça-feira (31/03) em sessão fechada ao público e transmitida via internet devido ao risco do Coronavírus. Todos os vereadores presentes foram unânimes na importância dessa ajuda e fizeram também sugestões.
Marcelo Borginho usou da palavra informando que ajudando há mais de três anos várias pessoas na compra de cesta básica. “Só não faço a hipocrisia de ir na casa das pessoas, ajudar, fazer vídeo e depois postar. Parece que agora o município vai distribuir as cestas e agora estamos vivendo uma pandemia, mas a quatro ou cinco meses atrás as pessoas estavam passando necessidade por falta de emprego”, lamentou. Para ele, o vírus só agravou a situação dessas pessoas. Ele tem orientado para que se dirija ao Cras para fazer o cadastro e receber a cesta, mas o mesmo encontra-se fechado atendendo o decreto municipal. Em sua opinião o local deve ficar aberto. E lembrou que ano passado, os vereadores aprovaram uma verba de R$ 1 milhão para compra desse produto.
Quanto a ajuda financeira para os estudantes, Luciano Sardinha (Deuty) comentou que 50% dos alunos da rede municipal dependem da merenda distribuída nas escolas e esse ajuda é importante. Maicon Pimentel pediu a união do Legislativo e o Executivo para auxiliar o povo a superar essa situação. Quanto ao auxílio financeiro de R$ 150,00 votado na Câmara ressaltou que é de suma importância. E exemplificou que Macaé dará R$ 200,00 enquanto Quissamã repassará uma cesta básica a cada um de seus alunos.
Wagner Mello pediu a reabertura das igrejas pois além de ajudarem aos fiéis com alimentos ainda fazem trabalho de apoio psicológico e espiritual. E fez solicitação verbal para a secretaria de Agricultura recolha e distribua os alimentos para as pessoas cadastradas nos Cras, para ajudar na mesa da população.
O presidente Anselmo Prata criticou a falta de listagem de pessoas carentes do município por parte da Secretaria de Ação Social. “Fazer o cadastro somente agora? ” Questionou Anselmo. E voltou a ressaltar que ano passado foi aprovado R$ 1,5 milhão e este ano mais R$ 1 milhão para compra de cesta básica. Indagou por que não foi realizada – no início do ano – licitação para essa compra e deixado para atender uma emergência. “E antes do vírus, quantas famílias estão carentes, sem gás, sem comida, sem aluguel social. Nenhuma foi atendida”.
E quanto a listagem para fornecimento de cestas sugeriu que a prefeitura em lugar de começar a fazer o cadastro que entre em contato com os líderes religiosos locais que eles possuem os nomes das famílias, pois há anos já fazem esse trabalho, contando com os dízimos e repasses feitos pelos fiéis. “Estamos lidando com calamidade pública, com vidas humanas. O ministro do Supremo já autorizou aos governos para gastar sem a preocupação da Lei de Responsabilidade, que limita os gastos. “Nós já autorizamos e estamos aqui direto para aprovar qualquer gasto necessário para atender a população. É muito triste vermos a inércia desse governo, a inoperância. Esse cadastro vai permitir que o governo ainda repasse R$ 600,00 para a família, mas precisa que estejam inscritas no CAD e também nas secretarias de seus municípios. E aqui não tem isso”.