Vereadores convocam pela terceira vez secretários de Saúde e Ação Social
Novamente, os secretários de Saúde e de Ação Social não atenderam à convocação feita pelos vereadores para fornecer detalhes de como estão os gastos e também a falta de atendimento e da não distribuição de cestas básicas para a população. Os parlamentares entendem que, a ida dos secretários permitiria a informação de vários assuntos, entre eles o hospital de campanha.
O presidente da Casa, Anselmo Prata classificou o local como “elefante branco” já que não tem ainda nenhuma cama, maca, “Não tem nenhuma estrutura para funcionar como um centro de tratamento como deveria”. A ida do secretário de Saúde na sessão permitirá que ele esclareça desde o custo da montagem do hospital de campanha, já que não foi financiado pelo governo federal. No jornal diário de Macaé que imprime atos oficiais do Executivo de Carapebus, a prefeitura publicou contrato no valor de R$ 1, 37 milhão. Anselmo quer saber se o valor total é para montar a estrutura física e de aparelhagem ou se é apenas para a tenda com box e consultórios.
Anselmo voltou a questionar o por que não utilizar o centro de reabilitação ou Centro de Saúde Benedito Nunes (anexo ao Hospital) que estão ociosos e podem abrigar dez leitos cada. Detalhou que o hospital de campanha abrigar leitos de baixa e média complexidade. Nos casos graves, os pacientes com o vírus serão levados para o Carlito Gonçalves onde estão montadas as UTIs com respiradores.
Quanto aos cinco leitos de UTIs do Carlito Gonçalves apenas três estão montados. Os vereadores querem saber se a prefeitura está pagando pelas cinco unidades ou apenas as três que estão prontas para atender os casos graves. “Precisamos saber os custos e talvez usar essas estruturas para baratear os gastos, porque hoje a população está precisando de assistência até para alimentação, que não está tendo da prefeitura”.
E questionou os refletores ligados sobre o local. “Acho desnecessário. Dá uma má impressão. Aquilo mexe com o emocional, principalmente para quem está dentro de casa, sofrendo sem alimentação”.
Cruz Vermelha
Em sua fala, Anselmo Prata questiona a contratação da Cruz Vermelha para realização dos serviços de saúde. E qual o valor que está sendo pago para a entidade. “O que está sendo feito, já que isso poderia estar sendo feito pelos funcionários da Saúde. Todas as cidades estão utilizando seus servidores da Saúde”.
Afirmou que os funcionários estão fazendo até o papel da guarda municipal nas barreiras, ” abordando as pessoas, pegando nome, título de eleitor, número da identidade, telefone, anotando as placas dos veículos. Não fazendo uma pergunta de onde veio, se sente alguma coisa”. Segundo ele, já passou por diversas vezes nessas barreiras e nem mesmo sua temperatura corporal foi medida. “Estão mais preocupados em fazer estatísticas. Estão perguntas tem que ser feitas a quem de direito. E o secretário se nega a vir aqui.
Assistência Social
Para a secretária de Ação Social os vereadores querem perguntar por que até agora não foram adquiridas as cestas básicas, já que a Câmara aprovou ano passado uma verba de R$ 1 milhão para a compra. Outra pergunta é da necessidade de o Ministério Público exigir o acompanhamento dessa distribuição, uma das alegações feitas para justificar o atraso na entrega do material.
O vereador Anselmo vê a necessidade urgente dessa distribuição à população assim como de álcool em gel, do botijão de gás, do aluguel social. Para ele, não justifica o decreto de calamidade pública já que Carapebus registrou até agora dois casos confirmados de Covid-19. “Se não aconteceu casos graves é porque a população está em casa há dois meses. Não é possível que fique dentro de casa faltando tudo isso. Acho que tudo isso é prioridade de agora”.
A vereadora Tânia Cabral informou que foram adquiridas duas mil cestas básicas e distribuídas desde o dia 20. Só não soube informar se as mesmas foram adquiridas no comércio local, conforme requerimento aprovado por maioria na Câmara, nem mesmo valor de cada unidade. Diante disso, o vereador Anselmo Prata fez um requerimento verbal para que a prefeitura forneça o contrato da compra, seu respectivo valor e o critério para sua distribuição. “Duas mil cestas básicas a R$ 200,00 dariam R$ 400 mil o que seria de grande ajuda ao comércio local”, lembrou ele.